<< Depois do Medo perdido!...>> (006 )
Entrei pela porta da vida,
Saí correndo assustado;
Descobri que sou,... tão mal formado.
Que de mim tenho medo constante,
Nascido comigo no instante
Que minha Mãe me deu vida. – me tornou nado!
O meu “Eu” Andará por aí,
Cantando, rindo e chorando comigo...
Para mim será um simples Amigo,
Com os olhos daquilo que eu vi.
Entrei em mim como água em mar alto,
Se deixa tomar pelos peixes...
Se por ti tiveres medo não deixes,
Que ele te tome de assalto...
- Não queiras que o tempo te leve,
A ter medo de quem o não teve.
(in: "Eu, O Pensamento, A Rima!...")
Silvino Potêncio - Luanda/1971