Labirinto de Espelhos

A lembrança da angústia caminha a meu lado.

Ao menor sinal, toma a dianteira, futiga meus retratos.

Minhas garras se quebram porque não se agarram a pedras.

Meu único amigo, por pouco não vejo sumido.

Receio de um encontro imaginativo.

Assustadoras leoas rugem no cio.

Quem apaga a vela?

A finalização é a mesma, com ou sem atuação.

Alguém bate à porta.

Não posso atendê-la, estou ao telefone.

Algo de estranho aparece.

E já não posso mais ouvir meus recados.

Caminho num labirinto de espelhos,

engraçado...

não me vejo, de fato.

Ana Claudia Laforga
Enviado por Ana Claudia Laforga em 23/04/2007
Reeditado em 11/07/2007
Código do texto: T461053