Um Caminhante Errante a Filosofar

A tempestade chega a seus olhos

Intemperança corrói seus nervos

E uma fúria absorve todo seu pensar

O sol se põe e o seu desejo é apenas raiva

Tudo se faz longe do por do sol

Quando a noite cai o medroso se esvai

Dando lugar há um brilho frio imposto em sua imagem

A lua jaz vermelha num prólogo do seu conto

As trevas empestam todo o seu caminho

Guerreiro solitário caminhante do fim

Cavalgador das esperanças mortas

A lança do destino voa sobre as cabeças tortas

No calar da escuridão o errante fala esquecido

Cita versos de uma magia antiga

Invoca o poder da mãe adormecida

Terra seu pilar

Onde a suplica vira canto

A magoa um encanto

Os raios uma arma de degeneração em massa

Fúria cristalina de um coração ferido

Uma capa longa se faz num salto misterioso

A redimição se vem com uma matança justificada

Demônios todas as madrugadas são calados

Anjos transformados

Outros inventados

Ele é o trovão voraz que assusta

O vulto invisível que vigia

Criatura sem rosto

Sem sentimentos

A justiça forçada

O desespero dos vermes

A satisfação dos abandonados...

Quando no final o que já esta certo não pode ser desfeito

O último dos segredos soa ao longe indecifrável

A verdade nunca foi tão manipulada

Nas cinzas do amanhã se faz um pacto.

Jony Mex
Enviado por Jony Mex em 03/01/2014
Código do texto: T4635387
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