REGRAS GERAIS
É como se eu estivesse navegando entre mares,
E cada parte desse oceano estivesse me molhando sem saber,
Onde em cada gota eu me encontrasse sem perceber,
E minhas máscaras aos poucos dissolvessem nos reflexos, nos lugares.
É como se eu lutasse para evitar o mundo,
E na verdade, eu sempre acabei por me evitar.
Tendo minha alegria constante, aliada... num silêncio profundo.
E crises de solidão que não sei explicar.
É como se minhas regras virassem pó num instante,
E um amor passasse por minha vida em movimento constante.
Entre as fórmulas e cálculos, me escondo,
Nas paredes da história eu mesma me sondo.
Vejo enfim, virei uma armadilha.
Fujo como um cão sem dono...
E nesta existência minha que é uma ilha...
Deserta e habitada, eu mesma me abandono...
Enfim, vejo quem sou eu...
Uma rocha imóvel cheia de regras gerais...
Talvez seja pouco o que com o tempo se perdeu...
Ou o bastante para eu gritar em silêncio em todos os locais.