A VOZ DA RAZÃO

Encontros e desencontros,

Olhos que se cruzam por instantes,

Expiração e inspiração que sublimam o tempo,

Cheiro de sol, risadas de alegria,

Cheiro de calor, cheiro de vida...

Onde está o que deixei partir?

O que nunca terei em meus braços...

Que, por alguns instantes, pousou diante dos meus olhos,

Materializando o que um dia sonhei encontrar.

Presenteando-me com sorrisos, sons de vida, acordes serenos,

Fazendo-me exalar paixões e desejos que foram adormecidos no tempo.

Onde estás, querido amado?

Onde deixas tua presença de vida?

Teus sapatos marcados de passos vividos...

Roupa exalando o perfume e certeza de que és real...

Possuidor de sorriso e de olhar nunca visto igual.

Posso te alcançar em meus sonhos,

Mas te perco no despertar da manhã.

A lua se foi, meu amado... O sol está no alto

Com toda a sua luz.

Uma voz me chama...

É a voz da razão, que não quero escutar...

Voz que não permite te amar;

Pois tu és amor proibido, o qual não posso tocar.

Fábula não és! Disto eu sei.

Também sei que aqui é meu lugar... Longe de ti.

Consciente de que nossas vidas não se cruzam...

Como retas que jamais se enroscarão;

Retas sem nenhum ponto de intersecção.

Histórias distintas, missões pouco semelhantes,

Mas que carregam no coração a mesma fé de seguir adiante.

Revisão:

Prof. Francelino Soares de Souza

Juliana Martorelli
Enviado por Juliana Martorelli em 04/02/2014
Reeditado em 04/02/2014
Código do texto: T4677206
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