AMEBA SENSITIVA
Natureza.
Tenho que indagar,
antes que aconteça,
o fatal desligamento
do homem, filho de Deus,
que dá adeus a tua certeza,
pela suposta segurança,
de um universo paralelo.
Infelizmente nos postulados,
essas linhas, não se cruzam,
tornando muito obscura,
estapafúrdia chula censura,
a uma simbiose natural, única.
Onde cada célula,
no anonimato do conjunto,
representa o todo de cada tudo.
Por que temer a verdade,
na falsidade
da falsa idade,
do ser quanto vida?
Vida ávida,
metamorfoseada,
cruzada... ou não.
São milhões de espécies,
com caracteres peculiares,
paridos nos casulos da pré-história,
lógica de nunca perderem seus cordões umbilicais,
nutrição eterna com o ar, a terra e todos os mares.
Por que omitimos nosso perfil animal?
Será que faz mal,
condenarmos os ideais estéticos,
contemporâneos reluzentes féretros,
que se baseiam na vida cronológica,
imposição das ditaduras silenciosas,
com tradições cifras puramente figurativas?
Nova guerra,
ou somente indução,
fração de um lero lero,
para minar o coletivo,
em prol do individual,
sem espaço interno?
Estão oferecendo um novo mundo,
com abordagem na ousadia da escolha,
assépticas bolhas para tolos comensais,
apresentando aliás vários designs especiais,
na camuflagem lúdica... pueril, estratégica,
que omite a inércia, de suas obras estéreis.
O consumidor?
O homem,
o filho do homem.
A síntese da fidalguia,
com tradições e laços fortes,
que acintosamente enforcam,
no primeiro ato de qualquer rebeldia.