Dentro de mim

A vida é sombria, em momentos de paz eterna...

Sofrimento, dor e prazer se unem em um único mundo.

Distante, frio, terno e terrível que em meio as gélidas lembranças de uma vida, tornam-se torturantes e insanas.

Um véu desconhecido é retirado de nossa visão interna.

Marcas se mostram reais, e sentimentos se misturam tornando-se intensos e puros.

A vida mexe com o eu que estava adormecido e nos momentos de paz eterna ela se cala.

Concente a dor, e o destino é citado como desculpa para erros e acertos.

Destino esse que eternamente seria um fio, fio esse de luz ou trevas dependendo do caminho escolhido.

Almas, belas almas, solitarias e tristes, mas um dia felizes e plenas.

A cada amanhecer dessa paz eterna, uma lágrima cai, escorre pelo rosto de luz que antes era carne.

Mais um dia começa e a noite tão bela e calma torna-se distante mais uma vez.

Em meio ao incomum vê-se o amor, a dor, o perdão e a faca.

Essa amiga de horas finais, terriveis e mórbidas, mas plena e solitaria, com seu frio metal com lâmina afiada e cruel.

Que quando bem usada decide o fim de uma carne viva, com forma e espírito...

Mesmo morto devido as derradeiras tristezas da vida.

Pensando na paz eterna dos contos, se destroe.

E sofre a eternidade por um gesto único e final.

Sofre por não ter rosto, forma, carne e fé.

Por não ter alma, nem paz...

Por não ter amor, e por perceber que a cada dia a vida hj extinta foi seu único momento real de paz...

Ar, luz, Lua, sonhos, amores, decepções, vi e vivi tudo isso mas a paz não conheci pois não olhei pra onde realmente ela estava e me perdi nas coisas da vida e caminhos sem volta.

Mas hoje uma certeza eu tenho essa tão almejada paz um dia existiu, e onde eu menos procurei era onde eu a acharia sempre, lugar esse estranho, mas tão torturado e triste.

Sabem qual é este lugar, que eu insiti em deixar de ver e sentir, este lugar é dentro de mim, no meu mais profundo momento de extase e dor era lá que eu devia ter procurado paz, e num gélido momento de solidão me derrotei sem ter ao menos tentado vencer a batalha procurando a maior arma de todas, a paz.

Senhora da Luz
Enviado por Senhora da Luz em 02/09/2005
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