Fico a pensar
se os selvagens perdoam
Se as feras perdoam.
Se os insetos sentem dor.
E se perdoam também.
Perdoar não é esquecer.
É entender as razões
e as circunstâncias.
Perdoar é um estudo
sobre a geografia emocional
da catástrofe,
da química de algia e
da engenharia dos conflitos.
Na teia imensa das relações
O embaraço é encontro,
Confronto ou interação?
Perdoar então será
desfiar a opressão suprema
de sobreviver,
vencer a fragilidade
dos sentidos e, o
desespero de almas
desencantadas
e desatentas.
Só almas realmente livres
perdoam...
as demais
apenas ressentem-se.
Perdoar é se render finalmente
à humanidade,
quedar-se inerte
perante a truculência
E, perante a traição
e atrocidade
Que passam a ser interpretada
de forma demasiadamente
humana.
Esdruxulamente banal.
Dói ser traído.
Mas dói ainda mais
não saber perdoar.
Guardar mágoas infindas.
Choros trancafiados
no túnel
da garganta decepcionada.
Perdoar talvez seja ...
queimar as vestes
na pira da consciência
Diante da nudez inconsciente
dos pensamentos,
queimar então
os sentimentos dos outros.
Depois da dor intensa.
De explorado o finito
da existência humana.
Verificamos o óbvio:
todos nós erramos.
Erramos continuamente.
E somos infelizes
em nossos tropeços.
Mas, com eles ainda podemos
aprender a caminhar.
Procurar novos caminhos.
Ou simplesmente parar
Para descansar o espírito
do deserto dos arrabaldes.
Perdoar é difícil.
É preciso sair de si...
Abandonar-se.
despir a concretude do ego...
Despir-se lentamente.
E, se apresentar novamente a
si mesmo.
E, flanar para além da situação.
Deixar a geografia, anatomia
e a psique.
Depois... de atingido o perdão...
O cômico nos assalta...
E, nos pegamos a rir
Rir dos próprios brios.
Do ridículo de tanta
suscetibilidades.
A nossa fragilidade
compensada com a força
de perdoar...
e perdoar-se.
Ainda que tamanho
despreendimento
Rasgue o orgulho
em pedacinhos sob medida
de um pirex.
se os selvagens perdoam
Se as feras perdoam.
Se os insetos sentem dor.
E se perdoam também.
Perdoar não é esquecer.
É entender as razões
e as circunstâncias.
Perdoar é um estudo
sobre a geografia emocional
da catástrofe,
da química de algia e
da engenharia dos conflitos.
Na teia imensa das relações
O embaraço é encontro,
Confronto ou interação?
Perdoar então será
desfiar a opressão suprema
de sobreviver,
vencer a fragilidade
dos sentidos e, o
desespero de almas
desencantadas
e desatentas.
Só almas realmente livres
perdoam...
as demais
apenas ressentem-se.
Perdoar é se render finalmente
à humanidade,
quedar-se inerte
perante a truculência
E, perante a traição
e atrocidade
Que passam a ser interpretada
de forma demasiadamente
humana.
Esdruxulamente banal.
Dói ser traído.
Mas dói ainda mais
não saber perdoar.
Guardar mágoas infindas.
Choros trancafiados
no túnel
da garganta decepcionada.
Perdoar talvez seja ...
queimar as vestes
na pira da consciência
Diante da nudez inconsciente
dos pensamentos,
queimar então
os sentimentos dos outros.
Depois da dor intensa.
De explorado o finito
da existência humana.
Verificamos o óbvio:
todos nós erramos.
Erramos continuamente.
E somos infelizes
em nossos tropeços.
Mas, com eles ainda podemos
aprender a caminhar.
Procurar novos caminhos.
Ou simplesmente parar
Para descansar o espírito
do deserto dos arrabaldes.
Perdoar é difícil.
É preciso sair de si...
Abandonar-se.
despir a concretude do ego...
Despir-se lentamente.
E, se apresentar novamente a
si mesmo.
E, flanar para além da situação.
Deixar a geografia, anatomia
e a psique.
Depois... de atingido o perdão...
O cômico nos assalta...
E, nos pegamos a rir
Rir dos próprios brios.
Do ridículo de tanta
suscetibilidades.
A nossa fragilidade
compensada com a força
de perdoar...
e perdoar-se.
Ainda que tamanho
despreendimento
Rasgue o orgulho
em pedacinhos sob medida
de um pirex.