Eu das onze horas

Minhas palavras das onze,

São pesadas, cansadas,

Como o cair em fardo do corpo na cama.

Como o sono sem leveza,

Por não ter quem se ama perto

Pra poder me acalmar.

Meu pensar das onze horas,

É cheio de dúvidas sobre amanhã.

Cheio de coisas, mas farto delas.

Cansado como quem em luta vã,

Se deixa levar pelo pouco sentido

Das poucas palavras que comigo

Trago aqui no peito.

Meus olhos das onze horas,

Estão cansados pelo dia.

Torpes, quase sem alegrias.

Afundados nos meus planos,

Presos para serem livres em belos panos,

Dos quais verei reluzirem em mim.

Ah, o meu corpo das onze horas,

Que Sente todos antes pesar em dobro.

Concentra a minha mente

Para meus olhos

Provarem o brilho intenso da manhã.

Já descanso no recomeço de tudo,

E tudo recomeça.

O meu corpo das onze nem se apressa,

E espera tudo passar de novo.

Alexandre Rodrigues de Lima
Enviado por Alexandre Rodrigues de Lima em 21/03/2014
Reeditado em 21/03/2014
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