O Prato e o feijão
Suas cores e cheiros
devastam plantações
Juntem-se a mais
um ou outro tempero
derrubem cercas
ofereça sua plantação
traga de lá sorrisos
e vastidões terás
sacia tua fome no prato
de quem Tu amas
desde o nascer
até o deitar
tudo que se juntou
já estava juntado
Não tira-se do prato o feijão
são Cercas cegas
que te escondem
o sorriso do vizinho
Venha feijão
Venha pirão empelotado
Venha a farinha velha
Que comestes no interior
é a mesma que comemos no Equador
Quem te separou de mim arroz?
Do deitar-se
até aos novos dias
tudo se juntará no agora
e descerá a bandeira da fome
Venham Feijões,
Venha Arroz,
Venham Amigos
e velhos conhecidos
o melhor de todos os prato.
Agora!...
O Prato principal
deste banquete de vida
Junte-se ao alho
ao poró
Junte-se a fulanos
tragam cicranos
Sirva-lhes seus melhores vinhos
Quebre a cerca
Use Gratidão para abrir garrafas
e quebrar pregos
Sirva-se do seu melhor banquete
Viva, sirva, ame, salve, junte, Agora!