Primeira de muitas....poesias elaboradas.

Fisicamente meu mundo tem uns 58 cm de circunferência,

mas, em seu interior, digamos que seja aproximadamente o infinito ao cubo.

As vozes se questionam ao ouvirem tal pensamento:

- Por que ser humano?

Porque a minha vida é poesia louca.

As gotas que caem em meu rosto,

é como um deus tocando piano e minha pele ecoando melodias.

A chuva tira de mim, agora no anoitecer, lágrimas involuntárias,

não estou nem triste e nem melancólico, e sim em estado de gozo

pelo seu som, pelas suas gotas, pelo seu vento, enfim, lágrimas

demasiadamente misteriosas.

Ao chegar em meu recinto, sou sufocado pelo vazio existencial,

em plena madrugada.

Deixo as aflições, as angustias, ou seja, os sofrimentos se derramarem

em desabafos. É válido para estancar a ânsia que habita e devasta

o meu coração. Mas como reagir quando não se escuta a voz do Pai

que ouve suas palavras, mesmo sabendo que você não está sozinho?

Basta!

Quero embebedar-me, subirei as pirâmides do Egito, saltarei os Alpes Suíços,

as montanhas do Himalaia para tomar as doses do céu.

E as vozes no êxtase do prazer proclamam:

- Pobre doidivanas em seus devaneios.

E lúcido da minha insanidade direi para a querida lua, “não tenha inveja

do sol. Apesar de ele ter um brilho próprio, você é a única que podemos

apreciar olhando-te. Enquanto que o sol nos limita apenas em sentir, pois

a beleza dele fere nossos olhos.

Se sou louco ou não, doente ou saudável, são ínfimas as indagações,

a vida é a maior dádiva que o homem tem, seguida da morte.

Moraes IV
Enviado por Moraes IV em 06/05/2014
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