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Nada é Para Sempre


Às vezes,
As coisas permanecem,
Mas os olhares mudam.

Tu passas 
(E nem percebes)
Pelas mesmas praças,
Ruas e calçadas...

A mesma cor desbotada
Nas paredes da tua casa
Que tornou-se tão pequena
Para tuas cenas.

E nada mudou,
Nada!
Apenas o teu olhar
Que se demora e se perde
Para além dessas vidraças...

No quintal, a mesma árvore
Faz sombra sobre o telhado,
O tempo traça caminhos
Sob a pele que já pende
Sob o olhar amargurado,
Mas é dentro que se encontra
Aquilo que está passando,
Aquele que foi mudado...

É que às vezes, 
As coisas permanecem,
Mas os olhares mudam,
E se perdem
Nas ilusões do mundo.


Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 04/06/2014
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