Monólogo de um Homem Perdido - Versar de uma reflexão distraída
O dia foi um incansável jogo de paciência
Entre eu e o meu reflexo psicológico alterado
É como uma partida de xadrez com leitura de mente
Você sabe tudo que o outro lado vai fazer e suas consequências
Ainda sim teme e o medo de cair o toma de repente
Mas foi só mais uma volta para o berçário
A toca do coelho
A hora do itinerário
O difícil sempre são as escolhas
E quando chega a noite desce a aurora dos meus sonhos
Uma lista tão imensa e tão longe
Ás vezes tenho vontade de mudar meu nome
Deixar outro poeta com esta alcunha hoje distante...
Noites voam na madrugada celeste do meu pensar
As paredes do meu quarto parecem telas pintadas
Murais de mundos paralelos e terras nunca encontradas
Uma hora a mais outra a menos não fazem diferença
Quando se esta perdido entre dimensões sem vida
Em um lugar onde não se pode nada ouvir, lá não funciona nenhuma de suas crenças...
Ao abrir os olhos devagar
Vejo que o tempo parou de falar
Percebeu que seus gestos e modos impressionam melhor
Que não se pode enganar um viajante experiente no blefar
Meus olhos se adaptam tão bem a luz quanto à escuridão
Talvez sejam apenas resultados de anos enclausurados numa prisão chamada solidão...
O telefone toca e saio do meu torpor
Na tela do aparelho se lê a palavra amor...
Apenas, exclusivamente ela para me trazer de volta
Para me lembrar de mesmo com todas essas dores,
O que verdadeiramente hoje sou...
O livro se fecha e mais um pensamento fica
Uma mente vazia é sim oficina do diabo
Oh danado!