Janelas.

Da janela de meu quarto

Vi o tempo passar

Tudo parecia sem sentido

Meu carrasco não permitia viver, tampouco amar.

Por muitos anos

Minha mente vagou num mar perdido

De minha cela não via o sol

Era apenas um ilustre desconhecido

Um dia os ventos rasgaram

Os véus d’alma cobrindo a fronte de meu ser

O sol outrora confuso, parado

Brilhou em minha vida... principiei viver

Quatro décadas de existência

Ingenuamente, de inicio confiei em pessoas.

Esperei delas sinceridade, mas o tempo mostrou:

Gente barata engana bem e também se vende a toa

Entrei em depressão, fugi do sol, mas...

Encontrei a lua a brilhar

Aprendi nos sonhos que mentiras tem perna curta

Rufião não vive sem alguém para sugar.

Assim é a vida

Muitos vendem sua alma por um pardieiro

Feito o amor, muita coisa nela não se explicam.

O amor e o sentido da vida não se compram por dinheiro.

Manoel Cláudio Vieira – 30/06/2014 – 04:48h

Manoel
Enviado por Manoel em 30/06/2014
Reeditado em 01/07/2014
Código do texto: T4863812
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