MÃOS QUE AMPARAM A VIDA E A MORTE
 
 
Na escuridão mãos, vacilantes, tateiam o vazio!
Grito. Dor. Choro. Medo do desconhecido.
Corta-se o cordão umbilical. A vida se faz.
O mundo seguro e tranquilo fica para trás.
Mãos buscam o afeto. Boca faminta suga alimento.
A caminhada está apenas iniciando. Nascimento.
Desabrochar dos sonhos. O medo é esquecido!
 
É vida chegando!

Mãos que constroem. Destroem. Avarezas.
Sorrisos. Lágrimas. Dúvidas. Certezas.
É o intervalo entre a chegada e a partida.
Sonhos desfeitos. Sonhos realizados.
Dias de glória. Noites insones. Horas perdidas.
Homens e mulheres lutando. Planos abortados.

É a vida acontecendo! 
 
Na escuridão mãos, vacilantes, tateiam o vazio!
Trêmulas, anseiam encontrar uma mão calorosa
Sem raça, cor, sexo ou religião que, despretensiosa,
Venha aquecer, por um instante, o enorme frio
Do fim que já se anuncia. Desespero, desolação,
Prenúncio da solidão da mortalidade...
 
É vida partindo!
 
A vida e a morte parecem começar(?) do mesmo jeito.
Choro, Medo, angustia, desespero, frio.
Há sempre uma dor. Uma lágrima. Um aperto no peito,
Um abraço. Um rompimento. Uma despedida.
Viver(é)morrer. Morrer(é)nascer.
Vida e Morte, faces de uma mesma moeda(?).



Este texto faz parte do Exercício Criativo - Vida e Morte
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Ângela M Rodrigues O P Gurgel
Enviado por Ângela M Rodrigues O P Gurgel em 30/06/2014
Reeditado em 11/05/2017
Código do texto: T4864031
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