Caminho das horas

Caminho das horas

Vou caminhando entre as horas...

O que faço para sair ao mundo?..

De pés descalços, entre cascalhos, vales e esquecimento?...

Totalmente nu!!!... Deixarei todas as vestes para quem precise.

Eu não preciso de nada, caibo em mim...

Vou divagando Versos entre as letras das estradas, árvores e esquecimento...

E quero ser selvagem e pleno por momentos...

Levo meu cão a tira-colo, e não o abandonarei nunca... Vamos viver a vida dos outros bichos e as nossas Vidas...

Contemplo o momento: Tudo é encantamento quando me deparo com os Céus Azuis da Poesia.

O Caminho lento...Lento... quase a naufragar perto do cais...

Sou porto e o aborto que tentaram de mim, um dia, não conseguiram... Sou Cão!

Tornei-me calabouço.... Entres grades e explodi e eclodi tantas vezes, que nem sei quem sou... Sei que sou...

Caminho em linha reta, ora tortas... Mas caminho...

O Caminho é lento e feroz, mas é o caminho da Vida...

Vou no percalço dos passos, ora lentos, ora apressados, mas passos...

E tudo que tenho a dizer, dizem as palavras...

Ora lentas, ora caudalosas... feito rios...

Sinto frio... Me agasalho nas letras fraudulentas Preces, feito oração e me deito em verso, que poderiam ser feixes.

Trapezista que cai do trapézio e jaz no chão solitário, enquanto a platéia, aplaude.

Espero que nada se perca, como me perdi...

Uma tristeza infinita, enluta-me... O dia de hoje é torto, como se a chuva saísse de dentro de mim.

Sinto que o Sol, há de vir...

Tony bahi@.

Tony Bahia
Enviado por Tony Bahia em 09/07/2014
Reeditado em 15/07/2014
Código do texto: T4874988
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