Silêncio Indolente

Outra vez o silêncio

Desce soturnamente

Provocando a minha dolência.

O que se ouve é,

A orquestra do vento,

Flébil e grácil

Que quebra o remanso.

Como é ardiloso

Estulto e indolente esse silêncio,

Como age sem discrição!

O vento a uivar lá fora.

A solidão pedi passagem,

Há algo ameaçador!

Nada foi dito,

Nada foi combinado,

E o silêncio põe em prática

O que não foi compartilhado!

Bárbara Albuquerque
Enviado por Bárbara Albuquerque em 19/07/2014
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