Silêncio Indolente
Outra vez o silêncio
Desce soturnamente
Provocando a minha dolência.
O que se ouve é,
A orquestra do vento,
Flébil e grácil
Que quebra o remanso.
Como é ardiloso
Estulto e indolente esse silêncio,
Como age sem discrição!
O vento a uivar lá fora.
A solidão pedi passagem,
Há algo ameaçador!
Nada foi dito,
Nada foi combinado,
E o silêncio põe em prática
O que não foi compartilhado!