Lamentos
Estas estradas fugidias
preenchem os nossos tantos vazios interiores
e o peito vive pleno de emoções e dores
quando a escuridão rouba nossas alegrias
E só se pode dizer: não lamente não, oh, coração...
aceite o teu destino!
Mesmo sem razão
vive preso dentro de livres prisões
à espera de realizar suas paixões
Não bastasse o raiar do dia
ainda vem a saudade do que nem passou
de um amor adormecido, mas que não fugia
de um amor que o tempo não dissipou
Com o passar dos momentos
ainda há esperanças de um ar de leveza
de uma brisa de rara beleza
que poderia ser a cura para todos os males
o despertar de todos os pesadelos
Na rotina dos passos incertos
será que todos são espertos?
Não são frágeis e perdidos
com saudade dos bons tempos idos?
A luz ora se apaga, ora se acende
e nada se aprende
Somente que algo se pressente
e que muita coisa se sente...