Oceano

Olho a praia, a névoa é densa...

fala o mar que não vejo,

naquela voz sem consolo,

naquela tristeza imensa,

que há na voz do meu desejo.

E nesse tom sem consolo,

ouço a voz do meu destino,

má sina que desconheço.

Vem vindo desde eu menino,

Cresçe qunto em anos cresço.

Voz do oceano que não vejo,

da praia do meu desejo,

me fala do meu ser que vive,

me fala que eu não mais equeço,

da rara visão que jamais tive,

tua graça e imensidão mereço.

Fala o mar que não vejo,

deste triste ser dilacerado,

que por muito ter desejo,

acabou só olhando perdidamente,

para dentro de seu eu encarcerado.

Volto a praia do meu desejo,

lugar preferido do meu desatino,

e me volto ao mar que me vê,

Companheiro do meu destino.

Alex Carvalho
Enviado por Alex Carvalho em 25/05/2007
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