Temor

Por mais que eu amadureça

enquanto o estio o inverno sobrepuja,

vejo a tristeza consumir a beleza

em uma floresta negra e profunda...

Em meio as arvores de receio,

perdem-se todos os meus desejos juvenis,

não adiante recorrer a estratégia ou floreio,

todas as tentativas de fuga são vãs e pueris...

Por mais que eu cresça,

enquanto inverno o estio sobrepuja,

vejo a lentidão destruir a destreza,

no oceano onde meu sonho afunda...

Em meio as águas do temor,

afundam todos os sorrisos gentis,

todos os reflexos e sentimentos

dos quais me desfiz...

Em meio ao arquipélago do medo,

vi todas as ilhas que não desbravei,

todas as flores que desbrocharam.

todos os pássaros que voo alçaram,

e eu sequer notei...

Por mais que cresça e amadureça,

Enquanto o estio e o inverno se unem,

vejo a as pedras engolirem a natureza,

enquanto o temor mantém vivas

todas as esperanças vãs...

que zombeteiramente me iludem...

RS Schindler(Renan Souza)

RS Schindler (Renan Souza)
Enviado por RS Schindler (Renan Souza) em 16/11/2014
Reeditado em 22/11/2020
Código do texto: T5037790
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