Insônia absoluta
Meu corpo resistindo à sonolência,
Que fugiu e deu lugar a insônia,
Perde aos poucos a consciência
Como alguém que inalou amônia.
Meus olhos não pesam mais de sono.
Barulhos na rua eu posso ouvir...
Já é madrugada e eu ambiciono
Despontar a alva sem dormir!
Sei que a manhã ainda tarda
E talvez a insônia seja em vão;
Mas talvez a noite que me enfada
Seja a primeira de muitas que virão.
Sei por que meu sono se escondeu
Mas, nisto, pensarei depois.
Agora o meu pensamento é seu!
Mas você já não pensa em nós dois...