Meu olhar sem força  vislumbra o que restou
no nada de tantas lutas,das guerras, castigos,
na maquiagem desfeita, mascara disforme 
grito emudecido, gosto do fim, gosto de morte.

Sem  ideologia,sem fantasia, sem mais desejo
eu comigo cara a cara com meu medo,
sombra negada,resguardada, rejeitada,
fardo unico que restou,meu tumulo,meu segredo.

Vou seguindo me esgueirando,me arrastando
corpo em frangalho resiste inerte,cheio de dor,
os rasgões na carne dolorida dilacerada, despida
são mortes previas de vida imersa no medo,
mascara na face, mentiras, desilusões, desamor...

Quem sou eu este fantasma adormecido
que em pesadelos desperta a se debater 
sozinho, cansado, arrependido e vazio
sem saber aonde ir,perdido no umbral,
como se libertar? afinal o que fazer? 

  
Mariangela Barreto
Enviado por Mariangela Barreto em 05/12/2014
Reeditado em 05/12/2014
Código do texto: T5059950
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