Amarelinha

Minha cabeça as vezes é uma massa inerte

Algures , no vácuo da esperança

Saberei se ela resiste

Um dia apenas , como criança

Pensar com um jeito púbere, de quem acabou de acordar

Com os primeiros desejos de amor

Sem repelir sem se negar

Apenas cheirar como flor

Aprender todos os trejeitos que há, entre um corpo e o outro

No ato de libertação do comum para o esotérico

Baseando-se em movimentos de coito

Corpo a corpo

Minha cabeça não aguenta mais pensar

Algures, acha que sabe e já viu de tudo

Mas tampouco provou , para sozinha trilhar

Pensamentos de adulto

Aqui dentro ela sempre foi criança

Sempre pensando em besteiras

Do tipo " cordas e cirandas"

Uma pureza capaz de embolar tristezas

Como pude deixar de lembrar um dia?

Aquela tal mente despreocupada?

Vetei uma mente doce, apenas por rebeldia

Pra hoje pular amarelinha, sozinho na calçada.

Robert Ramos
Enviado por Robert Ramos em 08/01/2015
Código do texto: T5094906
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