Amarelinha
Minha cabeça as vezes é uma massa inerte
Algures , no vácuo da esperança
Saberei se ela resiste
Um dia apenas , como criança
Pensar com um jeito púbere, de quem acabou de acordar
Com os primeiros desejos de amor
Sem repelir sem se negar
Apenas cheirar como flor
Aprender todos os trejeitos que há, entre um corpo e o outro
No ato de libertação do comum para o esotérico
Baseando-se em movimentos de coito
Corpo a corpo
Minha cabeça não aguenta mais pensar
Algures, acha que sabe e já viu de tudo
Mas tampouco provou , para sozinha trilhar
Pensamentos de adulto
Aqui dentro ela sempre foi criança
Sempre pensando em besteiras
Do tipo " cordas e cirandas"
Uma pureza capaz de embolar tristezas
Como pude deixar de lembrar um dia?
Aquela tal mente despreocupada?
Vetei uma mente doce, apenas por rebeldia
Pra hoje pular amarelinha, sozinho na calçada.