ÚLTIMA POESIA

Ainda existem flores... flores regadas por alguém...

Ainda existem amores... mesmo que para amar não tenha ninguém...

Ainda existem sonhos... de um modo diferente...

Ainda existem sorrisos... alargados de maneira inocente...

Sei que feri mas também fui ferida,

Sabemos então a hora de parar...

Engano dos que pensam que sabem...

Acerto daqueles que erram sem pensar.

Ainda existe alimento... sorte a nossa... azar das gerações.

Ainda existe água... motivo pelo qual choram toda noite.

Ainda existe solo... há então onde cair...

Ainda existe motivo... se não qual desculpa dariamos?

Sei que muitos foram embora pois não aguentaram a pressão.

Sabemos então a hora de chorar.

Engano dos que sentem isso em seu coração.

Acerto dos que nunca vão conseguir parar.

Por mais que chova, ainda existe sol...

Por mais que faça tempo ruim, há um pouco de afeto...

Ainda existe esperança... mesmo que desistimos de tentar.

Ainda há salvação... mesmo que tudo pareça tão sem rumo.

Sei que erramos em acreditar fielmente no amanhã.

Sabemo então a hora de desacreditar?

Engano daqueles que juram saber...

Acerto dos que jamais vão conseguir entender e parar.