De Volta Aos Tempos

(04/08/2012 19:09)

Há tempos não produzo nada.

Nada que me faça orgulho de ter feito.

Nada que me venha a cabeça presta ultimamente.

E me sinto como estúpido diante de meus olhos.

É fato de que há algo de errado em mim.

Se bem que nem sempre foi assim.

De fato, há algo ainda lá fora.

Algo que me interesse. Que aflora.

De bens materiais não que custam nada.

Saber que é humano e tens sua manada.

Sentindo-me vital para existência.

Somente minha, esta, é além da evidência.

Somente um padre foi-me julgar.

Ele me diz que estava errado por amar.

De mesmo sincero fardo que um dia carreguei.

Nada será retomado. Esta verdade que aceitei.

Do mais e do mesmo, nem sei qual o desejo.

Talvez seja um único e delicioso beijo.

Acho que esta história eu já fiz. Não é novidade.

Sinto-me um ladrão de minha própria imagem.

Sem ideias boas e nem muito um aproveitamento.

Nem sequer uma lasca de pensamento.

De que adiantas estas linhas tão falhas,

Se por vezes temi minhas palavras.

Nem sequer me veio agora uma rima.

Nem sei também quando termina.

Destas ideias já tive um pesadelo.

Um que me retoma ao meu zelo.

Um dia, talvez amanha, possa me lembrar.

O porquê de tudo isso fui pensar.

Sem saber ao certo como começou.

Mas agora entendo por que terminou.

Resta ainda um relâmpago de ideia.

Um pensamento moldado de barro feito porcelana.

A rima é falha, porem singela.

E aqui me despeço para firmar o que minha alma zela...

Artur Gabriel
Enviado por Artur Gabriel em 30/01/2015
Código do texto: T5120448
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