Silencio de estrelas...

Não sentes o fascínio deste silencio?

são silêncios de estrelas de alumínio

que ergui como um dossel na côncava distancia da tua boca

Que importância tem o meu silencio agora

se os ponteiros do teu relógio é mudo?

Onde meu tempo não corre

neste tempo que é tudo

o tempo que não morre...

E mesmo que persista a sós teus lábios frios

a gemer teu corpo, não mais!

nem os trovões curvados de arrepios

relâmpagos... não mais!

É tão branca a geada de sol

são tão brancos os lençóis

nesse infinito armado em cada ponta

de uma ampulheta vazia

onde o tempo não se conta

nessa imensa calmaria...

Não há como anular

o momento incerto ou certo

dessa eternidade além à tua espera.

Adriana Magalhães
Enviado por Adriana Magalhães em 11/02/2015
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