Silencio de estrelas...
Não sentes o fascínio deste silencio?
são silêncios de estrelas de alumínio
que ergui como um dossel na côncava distancia da tua boca
Que importância tem o meu silencio agora
se os ponteiros do teu relógio é mudo?
Onde meu tempo não corre
neste tempo que é tudo
o tempo que não morre...
E mesmo que persista a sós teus lábios frios
a gemer teu corpo, não mais!
nem os trovões curvados de arrepios
relâmpagos... não mais!
É tão branca a geada de sol
são tão brancos os lençóis
nesse infinito armado em cada ponta
de uma ampulheta vazia
onde o tempo não se conta
nessa imensa calmaria...
Não há como anular
o momento incerto ou certo
dessa eternidade além à tua espera.