O nascer das palavras

De repente o silêncio não coube mais,

Dentro do ser gritou por palavras reais;

Mistura de instantes com inspirações,

Virando arte, tocando de leve, corações...

E revelou, o lado que tentava esconder,

E a vela clareava a escuridão do quarto;

No olhar atento brilhava o fogo à revolver,

A alma, em tantos momentos e tantos atos...

O sapato esquecido num canto, a roupa no chão,

O tempo passando, na mente, uma confusão;

E nas mãos a poesia se formando, nascendo,

Num ritmo lento, e a madrugada, lá fora, morrendo...