Amor à se viver

Quando teus olhos repousarem na imensidão do horizonte e a brisa serena soprar lhe meu nome...

Ainda que teime em relutar sua boca sentirá o gosto da minha...

Quando em seu quarto os lençóis amassados de tenra noite em outros braços... ainda assim no meu corpo terá a vontade de estar...

Tua essencial presença tão nula de fato... no ato buscará em tua mente temente de mim... de nós, os sós a sós... os ventos, tormentos que te causo... a dor dos "nós" dos pós que viemos e voltaremos a "essência"... Não, não me peças clemência... paciência... Já tens o tempo corrente...semente de ti e de mim...

Tão eu... tão meu, tão tu, tão... tão... tão ão, coração despedaçado... acorrentado sem querer... escravo sem pertencer... tão dono e tão servo... de um acaso sem ser...

Tão entregue sem querer, sem se perceber... que de fato só existe um...

Um amor à se viver.

Geovana Farias
Enviado por Geovana Farias em 12/02/2015
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