Acocorado num canto d'alma

Acocorado num canto d’alma

Acocorado, solitário encontra-se você

nobre e triste como forte guindaste

assegurando à vida, assim a natureza

espiritual lhe fez parte dessa proeza

querida. Porém, veja-se pela santa fé.

Um santo abandonado em si mesmo,

um solitário, retardatário do sistema.

Tem de ser diferente de muita gente.

Você é poeta, mesmo que não queira.

Escrevendo àquele de coração aflito,

concebe-se o amorável ensinamento

com qual se cala a voz do aflito grito.

Profunda fala que cala a fala inaudita

editada ao evento dum furioso vento.

a qual não sendo ouvida explodirá

ao estampido de perdida bala

ao contraponto do lamento.

Eis o livro consagrado,

há muito tempo,

ensinado

ao

desorientado.

Desde o relento,

de ensinamento

ao templo-crente

que se foi firmando

ao tempo - quente.

Por todos os lados

logo: adjacentes.

Isto que se fala

não é de fato

consumado?

Atualidade

depara-se

com

a virtualidade

de veraz realidade.

Deveras, sem a escrita

nada seria completo,

tudo estaria secreto,

fadado ao nada

do decrépito

momento.

Muitas vezes macambúzio

procura-se no livro refúgio

do alívio. Como o búzio

e o marujo confuso,

marejam no mar

de natural santidade,

enquanto, o ladino da cidade

ao recorrer pelo decorrer do ocorrer

da facilidade de seu destino.

Assim sendo, um dia

a morte há de viver

no seu dia a dia

matando

a própria

melancolia,

quiçá, suicidando-se também.

Nada quero que morra, porém,

a morte o que é que tem;

eu a mataria e seria

santo criminoso

também...

Amem o

amém.

jbcampos
Enviado por jbcampos em 14/03/2015
Código do texto: T5170253
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