Casas e trapos cortados

Amantes de um silêncio que me deixa surdo

Na cadeira de rodas fumando seu cigarro

Surdo que escuta todos os ruídos de meus lábios

Dizendo palavras tristes sem amor nenhum

Em minha casa de paredes escuras e lustres laranjas

De velas vermelhas com chamas pretas

Uma mesa feita com madeira de caixão

Quem será que se deita ao anoitecer e cobre-se com trapos

Passa frio e morre de calor ao explodir o coração de tanta blasfêmia

Você está novamente acreditando nas malditas palavras tristes

Dos políticos

_não, por favor, menino, abaixe o volume desta televisão, já me bastam os programas de falsos punhos,

Agora esses homens de falsas palavras, tornam a dizer que meu país irá crescer

Volto para casa com trapos cortados, vou descansar agora depois de passar o dia debaixo do sol quente

Vendendo balas no farol

Volto para a mesa da sala de jantar

Com rosas me cubro e deito sobre o caixão

Lá estão eles novamente

Vendendo falsas palavras.

gliard tavio
Enviado por gliard tavio em 11/06/2007
Código do texto: T522116
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