A Feira

Fez-se a olhar da janela sem parar,

Pessoas quei am e vinham sempre a se esbarrar

Desenfreadas, contentes, intertidas,

Com olhar atraente pelo que viam a caminhar,

Gritos por todos os lados, ofereciam seus preços,

Cabeças a prêmios na bascia a se pesar.

Mais a frente podia-se avistar

O preço que mais baixo serviria

O alimento do almoço daquele dia.

"_ Corre! Corre Dona Maria!"

Em um emaranhado com outras palavras

Outra canção se compunha.

Menina na janela,olhar intertido

Que a hora nem se notava,

O sol clareava o que para ela

Uma diversão se tornava.

Ria pela frase que sempre se ouvia

semana após semanas, pelo fim de semana

"- Moça bonita não paga, mas também não leva!"

O feirante em alto som esguelava,

em meio a outros tantos que gritavam

Tentando seu peixe vender

Antes da hora do entardecer.

Menina sonhava que um dia

Em breve estaria la embaixo,

No meio de toda aquela correria

Que por muito a distraia.

Debruçada no parapeito da varanda

Sem muito se preocupar,

A hora se ia pelo fim da manhã,

Logo o gari viria, retirar o que sobraria.

A paz voltaria para sua rua

Onde iria novamente ter a liberdade

Com outras crianças brincar.

Vander Oliveira
Enviado por Vander Oliveira em 12/06/2007
Reeditado em 12/06/2007
Código do texto: T523846