A Feira
Fez-se a olhar da janela sem parar,
Pessoas quei am e vinham sempre a se esbarrar
Desenfreadas, contentes, intertidas,
Com olhar atraente pelo que viam a caminhar,
Gritos por todos os lados, ofereciam seus preços,
Cabeças a prêmios na bascia a se pesar.
Mais a frente podia-se avistar
O preço que mais baixo serviria
O alimento do almoço daquele dia.
"_ Corre! Corre Dona Maria!"
Em um emaranhado com outras palavras
Outra canção se compunha.
Menina na janela,olhar intertido
Que a hora nem se notava,
O sol clareava o que para ela
Uma diversão se tornava.
Ria pela frase que sempre se ouvia
semana após semanas, pelo fim de semana
"- Moça bonita não paga, mas também não leva!"
O feirante em alto som esguelava,
em meio a outros tantos que gritavam
Tentando seu peixe vender
Antes da hora do entardecer.
Menina sonhava que um dia
Em breve estaria la embaixo,
No meio de toda aquela correria
Que por muito a distraia.
Debruçada no parapeito da varanda
Sem muito se preocupar,
A hora se ia pelo fim da manhã,
Logo o gari viria, retirar o que sobraria.
A paz voltaria para sua rua
Onde iria novamente ter a liberdade
Com outras crianças brincar.