A morte da(nossa?) chama

Foi assim, sem mais nem menos

eu ali olhando aquela chama se apagar

Que pintei um quadro em minha mente

Pobre desta vela! Derretendo sem parar!

Pinga gotas de seu sangue branco

enquanto a luz ilumina meu pensar

És tão sombria, chama flutuante!

Como podes viver assim, sem um lar?

E vai morrendo aos poucos sem medo

de que sua própria luz esteja a lhe matar!

Enquanto desnuda-se esconde tal segredo:

De viver para somente servir e consolar

Consola-me nesta noite sem luz artificial

Onde as sombras mais parecem monstros

Seres de meu próprio inferno astral

que ousam esconder seus rostos!

Ahh... A morte da chama ardente...

Quisera eu estar dançando em seu fogo!

Para brilhar como uma estrela cadente!

Pobre vela que queima... Será que sente?

Que tudo não passa de um simples jogo?

Onde não és mais que um mero ingrediente?

(Assopro a vela... Pelo menos uma de nós pode parar de sofrer)

Rangele Guimarães

Gele
Enviado por Gele em 14/05/2015
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