D e s c o n s tr u a - m e

Construo um tempo

mas um tempo que seja breve

para que eu possa lembrar do sorriso

do meu sorriso de ontem

esse sorriso qualquer de criança

exposta na memória de um porta-retrato

que foi para o tempo uma eternidade...

Quem pode parar o tempo

antes

d e s

cons

tru

a

-

m

e

os ponteiros

para que há de apressar-me?

ninguém nunca vai saber

nem o dia

nem a data

daquele sorriso eternizado na morte.

Adriana Magalhães
Enviado por Adriana Magalhães em 19/06/2015
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