À um 'Consolo' que Retorna
À um 'Consolo' que Retorna
Que sabes do tempo, amigo
Senão um atrofiado multiverso
Distante, repelindo horrores
De um mesmo mar escuro
(Ininterruptivelmente algoz)
Indiferente
De onde também sofrem os meus olhos?
Achas que a vida é assim, fácil?
(Pressionas o interruptor da dor
E todas as coisas morrem?
Fora de ti. Dentro de ti.
Invernos Primaveras?)
Lápide rodeada de flores
Que destas tiramos o momento:
A atenção dos olhos
Do coração?
No mar de todas as horas
Todas as criaturas sofrem;
A flor que te inspira - flameja
À um mesmo sol suicida
Que caminha à esse mesmo mar negro:
Indiferença
Onde sofrem todas as coisas, camufladas
Deste tudo que à tudo caminha
Sorrindo. Flamejando.
Minhas andanças marcam passos que se perdem
Distante em praias mortas que caminho;
Sem águas, sem retornos;
Mas inda praias,
Inda ondas: Linhas
Do córtex ruindo
Um amontoado de fendas:
Passado presente e futuro
Eclodindo
Assim sem vírgulas e coisas que separem
Tudo mais que muito além pra onde sofrem estes versos.
Nada fale o que não sabes.
Não interrompa o silêncio das coisas.
Lápides são recheadas de lembranças
De sonhos, e uma vida
Marcada no tempo
Tudo se marca
De um ponto
Que sofre
Tudo
Por favor...
Cale-se.
Está interrompendo minha reza.
- Berserker Heart