Cacos e trapos

Lá vou, outra vez, juntando os cacos...

Mosaicos atrapalhados de meus "eus",

Tragicomédia em versos, alguns trapos;

Que a alma vai cerzindo, remendos meus.

Espero estar perdoada, pelas juras falsas,

No fim, as mãos traem, o coração também;

E volto, no tempo que não cabe, sem alças,

Tento segurar, mas é em vão, no vai e vem...

Entre cacos e trapos, juntando os pedaços,

Amenizando as dores, plantando os versos;

Buscando força, dividindo momentos, passo...

Enquanto o silêncio passa, remendos teço.