Noite Cheia
Salve luz luar espadachim nas janelas e cortinas,
Terrores sonhados de quem não sabe ouvir, banis...
Enganas, a mim não podes, defino notas no soluço das baratas.
Da bateria rítmica, percebo a cor dos dentes do vento.
Salve luz luar espadachim nas janelas e cortinas,
Na madrugada felinos escorregam no teto querendo roubar...
O frio desliza nas brechas brincando de esconder com o lençol rasgado.
As telhas se coçam assustando o inquilino.
Salve luz luar espadachim nas janelas e cortinas,
Meus olhos clamam-me para vislumbrar visões fúnebres;
O apito do vigilante morde meu labirinto.
Salve luz luar espadachim nas janelas e cortinas,
A monotonia noturna me traz melancolia;
Me viro, esqueço o drama, o tédio, o ódio e cochilo.