Pessimismo vertiginoso

De guia o fui, conduzir já o faço...

Vão e reduto me fiz de carne e osso!

Do ápice do crânio até a base do pescoço,

Guardando medo, insegurança e cansaço;

Os pensamentos só me atordoam...

Poço de insensatez, inlucidez e ignorância,

Desnorteado fiquei na voraz ânsia,

De encontrar quaisquer uns deles que me valham!

Desiludi, pois só a mim desencontrava,

Não havia luz, um fino feixe, uma pegada...

Mas um vazio com uma flor sem ser regada,

Que um aroma indiferente liberava!

O pessimismo reservou-me uma certeza:

Algo que e pelas mãos nos dadas feito,

Já traz consigo a ganância e um defeito:

Va tentativa de imitar a natureza!

Trago comigo alguns fardos e a sandice...

Que se a tontura e a invalidez banisse,

Pudesse fazer como eu:

Nasceu, morreu, desapareceu...