Insônia
Um quarto de luzes acesas e janelas fechadas, só uma fresta pra passar o cheiro.
E esse colchão surrado no canto do chão
Que só ele me suporta, que só ele me agüenta...
Duas folhas rabiscadas, uma enrolada, algumas no lixo
Nenhuma queimada.
E a cabeça parece pequena pra uma noite só
E o colchão parece sem forças
O vinho acabou...
O som do violão retumbante, quase excitante, tanto que apago a luz
Mas não durmo, só me viro...
Desvirei pela manhã, de luzes acesas e janelas abertas
Frestas tapadas.
Dormi