Minhas sagradas mãos

Minhas sagradas mãos

Distinguidas pelo uso do martelo e o ponteiro

Cicratizadas com o suor de meu rosto

Cansadas depois de um dia de labor ao relento

Podem agora por um instante descansar a poetizar.

Mãos que trazem minha sustentação e fazem sorrir meu coração

Aos domingos as elevo para aos céus para agradecer o Superior

Mãos que praticam trabalhos pesados e não retrocedem, mas

Também sabem alentar, aliviar dores e fazer carinhos.

São utensílios sagrados de meu corpo que uso para

Semear, colher e acariciar, são retratos de minha alma

Quando as estendo para o bem fazer e cumprimentar

Trasmito a alegria de ser assim simples e amigo.

Elas abertas oferecem meu coração para amizades fazer

São inocentes de sangue e gentil para a vida de paz

No teclado tem os cantos das teclas ao labor elas dançam

sob o dom da escrita.

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