Existir faz a exclamação.
Peço licença e me distancio um pouco do meu corpo, pele rústica em superfície desigual, uma fonte demasiadamente em desnível,encrostada que por baixo ainda existe a força estranha mas que indispensável.
Traços e embaraços percorrendo um longo caminho sem parada, é inevitável! Sempre é inevitável quando se prosa com o outro lado da sua própria existência.
Não há nada a se provar, não há nada para tranquilizar quando os mártires são apenas os seus medos e as suas gloriosas vontades.
Olhando distante é possível ver as marcas de todo o espaço preenchido em um corpo apertado e clamando para que não volte novamente a este longínquo formato imperfeito.
Entre tantas paradas no tempo, entre tantas conclusões precipitadas foram esquecidas as nuances que já estava preparado antes de eu nascer, a prisão é um labirinto sem portas e nem janelas, sem direitos nem deveres, é vista aqui de cima como um ponto de partida para que tudo comece novamente e todas as formas de reconquista seja declamada aqui mesmo de cima, você faz o que quer, você espera que o universo seja fiel a você mas tudo que você vê são um monte de letras escritas em papel de caderno a espera que as letras sejam reforçadas e a história seja contada do jeito que ela merece.