Banquete

A chuva demora...

Não tem céu de tempestade

Não tem um sinal,no alto,na cidade

Que não me aponte só,a negritude

Do asfalto e do céu.

Tem estrelas,mas hoje,elas

Brilham,inquietas...quase arrogantes.

E nesse véu noturno,descanso um pouco

As minhas asas.Olho os telhados,das casas

Ao meu redor,a minha rua.

E por mais que a lua,tente me inspirar...

Tem,um "não sei o que"...

Querendo,que eu sossegue.

Que eu negue,as minhas próprias vontades.

É um silêncio,sem forma,sem conteúdo.

Apenas...um mudo silêncio,sem vozes.

Essa noite,só o "ventilador",da sala,seria capaz

De fazer ventania,em meus versos...

Mas aqui,eles não voam,eles só ecoam

O que vai dentro da alma.

Se eu subir na mesa,talvez eu seja

Mais louca ainda,do que eu acredite ser.

Se eu fizer,um banquete...

E me servir,mulher,talvez a mesa seja farta.

Hoje,a poesia...não me alimenta,

Apenas...faz o meu coração doer de fome!

Luciane Lopes
Enviado por Luciane Lopes em 04/07/2007
Código do texto: T552581
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