Banquete
A chuva demora...
Não tem céu de tempestade
Não tem um sinal,no alto,na cidade
Que não me aponte só,a negritude
Do asfalto e do céu.
Tem estrelas,mas hoje,elas
Brilham,inquietas...quase arrogantes.
E nesse véu noturno,descanso um pouco
As minhas asas.Olho os telhados,das casas
Ao meu redor,a minha rua.
E por mais que a lua,tente me inspirar...
Tem,um "não sei o que"...
Querendo,que eu sossegue.
Que eu negue,as minhas próprias vontades.
É um silêncio,sem forma,sem conteúdo.
Apenas...um mudo silêncio,sem vozes.
Essa noite,só o "ventilador",da sala,seria capaz
De fazer ventania,em meus versos...
Mas aqui,eles não voam,eles só ecoam
O que vai dentro da alma.
Se eu subir na mesa,talvez eu seja
Mais louca ainda,do que eu acredite ser.
Se eu fizer,um banquete...
E me servir,mulher,talvez a mesa seja farta.
Hoje,a poesia...não me alimenta,
Apenas...faz o meu coração doer de fome!