Medos

As pedras que jogamos de medo da espada,

coisas que plantamos, dá medo que nasçam;

e o medo da escolha, em cada encruzilhada,

são medos que vêm, são medos que passam...

O medo de ser feliz, pior de todos os medos,

Que nos aprisiona sob a capa do bom senso;

Medo de expor os nossos íntimos segredos,

De remexer feridas dormidas, medo imenso...

O medo das asas uma vez aberta nossa gaiola,

O medo da rua, de um cão que vivia na cerca;

É medo da chuva sob a qual, até a pedra rola,

É preciso rolar um pouquinho pra que se perca...

Tantos medos mais, que daria outras cirandas,

Mas, a raiz seria comum, de todos problemas;

No fundo, é o medo de Deus e Suas demandas,

Mas, Ele amoroso ainda encoraja: Não temas!