ato falho

vamos, espalha comigo,

não é poema o que faço,

não tem a força do aço

nem o rigor do castigo

não é o fogo no espaço

nem o refúgio do abrigo,

não há o perdão do amigo

em cada linha que traço

mas se o poema, querida,

não vive da esperança,

não é igual à criança

que vive sem um contrato

se ele não for mais um ato,

não há teatro na vida

Aluizio Rezende
Enviado por Aluizio Rezende em 06/04/2016
Código do texto: T5596839
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.