poesia sobre o efêmero

E assim é:

o que é,

agora mesmo já não é,

e o que é agora

também já foi.

Tempus fugit

nada detém a roda-gigante

que move o mundo.

Doce ilusão a nossa

do aqui e agora

no aqui e agora reter o átimo

quando tudo é renovação.

Um incrível paradoxo:

o passado tem milhões de anos

e não muda nada...não muda nada

- é um berço de criança...

O futuro tem milhões de anos

e nem chegou ainda

- avança...

O presente

que dura um quase-nada

é o único capaz

de qualquer mudança

- difícil é achar

onde pôr as mãos...