Sem noção de proporção poética

Chorar.
Para depois aprender.
Urgência.
Querer mais do que se pode.
Pouco poder e querer,
numa atitude insistente.
O que não se tem.
A alegria que não vem.
E se vem, por quanto tempo?
E se esperar não me levar a lugar algum?
E se algumas pessoas nascem para nada ter?
E se não houver lugar para nenhum de nós?
Nem soneto eu sei fazer.
Não gosto.
Não exprime a ânsia.
Preciso de mais.
Por demais.
Preciso desse amor proibido.
De novas regras.
De risos, sorrisos,
e tudo que eleve a alma.
Novas músicas,
abraços apertados.
Mente que sou legal.
Alguém acredita nisso?
Eu, a mais rabugenta
das aprendizes a poetisas.


Junho/2013.
Marisol Luz (Mary)
Enviado por Marisol Luz (Mary) em 23/05/2016
Reeditado em 01/05/2018
Código do texto: T5643910
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