O nosso melhor se foi...

Roubaram-lhe do olhar o brilho

Ela não atreve-se mais a sonhar

Perambula por entre estradas e risos

Sem nem sequer se prender ao que pode

ainda ser

Não, chega de enganos e falso sentir

Ela deixou de lado o faz de conta

Deixou de lado fantasias e do poema

agora apenas o fingir

E o que é o poeta?

Um grande fingidor, que por vezes se inflama,

se entrega e se engana nesse mundo tão

cruel que está

E que mundo é esse, que tudo é tão

fugaz, tão de passagem?

Nada mais acolhe, nada mais cativa,

nem um lindo sorriso, nem um doce olhar

Não, chega de enganos e ilusões

Hoje nada mais é como um tempo atrás foi

Tudo está se perdendo

O nosso melhor se foi...

Isabel Tanis
Enviado por Isabel Tanis em 05/06/2016
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