Pura a ingenuidade

É tão belo o erro do ingênuo

Não por ser erro

Nem por ser ingenuidade

Somente por não ter sido forjado

Na impureza da maturidade

Hoje se colhem os frutos ainda verdes

E será que não vedes

Que não terão o sabor genuíno

Dos frutos já maduros, mesmo que já caídos

Conquanto me julgue criança

Terei no meu sorriso qualquer coisa de descrente

Em tudo ei de ter a esperança ainda sorrindo

Espero ser assim o ingênuo menino

Chorando minhas coisas de homem

Até que a pura ingenuidade de alguém me encontre