Escrevo...
Quando dilacero o meu coração,
E a dor é maior que o refrigério!
Quando preciso alcançar o timbre,
Mais alto da minha voz,
Silenciosamente...
Quando o amor transborda em mim,
Sou um contentamento que não cabe dentro,
Escorre pelos olhos,
Transcende da alma!
De repente tudo pode mudar,
Aquilo que era somente paz,
Se transforma em tormenta,
Como suportar tamanha dor?
Dito cada letra de minha solidão,
Junto as palavras formando,
Quem sou, quem quero ser...
Escrevo, descrevo meus amores,
Tenho a arte de criar o meu mundo,
De ilusões e de verdades...
Não almejo plateias, apenas eternidade!
Sou amor, sou paixão!
Vejo beleza nas mais simples formas,
Amo com toda intensidade,
Nas imcompreensões da vida,
Busco o equilíbrio!
Escrever é ditar tudo de mais singelo,
É ser símil a pureza da alma,
Branca, insípida, inodora, trasnparente...
A espera de ser preenchida,
De amor, de felicidade, de momentos...
Que busca sutileza nas flores, no campo,
Nas paisagens mais simples e belas,
E a descreve na sua essência!
Escrevo, escrevo sem parar,
Por que tenho pressa de registrar,
A vida, que verte, que pulsa...
Que sorri, que se compadece,
Que chora, que afaga,
Que em seu curso natural muda sempre,
Rara e única precisa ser exaltada,
Selada no tempo, nas histórias vividas!
Escrevo, escrevo...
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