FERRUGEM

Oxidei-me por amar o tempo,

o tempo que nem sequer

sabe meu nome.

O tempo que aos poucos

me consome

amando-o, caminho,

contra o vento.

O vento que nem sequer

tem sobrenome,

mas que mesmo assim

leva o meu tempo.

O tempo que não tive,

pra ficar

a espera de que venha me buscar,

mesmo enferrujado

fico atento.

J R
Enviado por J R em 03/10/2016
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