A eterna repetição de uma mente aprisionada.

Pudera ser, mas não era

Não pudera ser, mas queria

Não foi pois não devia

Não devia, mas foi

Foi porque queria

Não pudera, mas foi

Não era, nem foi

Podia, devia

Não se viu, não se quis

não se deu importância.

Se anulou, se queixou

Se calou, se desarmou

Se armou,

gritou em um silencio ensurdecedor

Existiu, mas não viveu

Afinal, o que é viver?

Se questionou, questionou e questionou

Ouviu gritos de fora que eram

mais altos que os seus.

E calou-se.

Núbia Moraes
Enviado por Núbia Moraes em 07/11/2016
Código do texto: T5816575
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